terça-feira, 24 de junho de 2008

Gripes

Gripe n°1 em maio/08:
R$ 3 reais em analgésicos
R$ 11 reais em xarope pra tosse
2 semanas entre gripe e tosse

Gripe n°2 no início de junho/08:
R$ 14 reais em analgésicos

Infecção das vias respiratórias superiores (ou evolução da gripe n°2) ainda em junho/08:
6 horas perdidas em um hospital
R$5 do estacionamento do hospital
1 dia de trabalho perdido
1 folga que eu poderia usar para estudar para a prova de sucessões perdida
Consulta, raio-x, exame de sangue e soro que não sei ainda quanto vão me custar (daqui a uns 2 contra-cheques a conta chega)
R$ 31 em antibióticos
3 noites mal dormidas até agora e contando...

Conclusão: ano que vem vou tomar a vacina contra a gripe que custa módicos R$45.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Frio de renguear cusco

Ontem (17.06.08), às 7h30min da manhã o termômetro da José Bonifácio, na redenção marcava 1° C . Eu corro de manhã há pelo menos 8 anos e nunca tinha visto aquele termômetro marcar 1° grau. Já tinha visto 2, 4, mas nunca 1°C. Sei que a precisão desse termômetro não é lá isso tudo e que a temperatura "oficial" ontem em Porto Alegre foi de 1,8°C, mas que este outono é dos mais frios dos últimos tempos, ninguém vai poder negar.

Isso vem de encontro a uma tese que o Juliano defende há algum tempo, depois de muito assistir ao Discovery Channel. O aquecimento global vai tornar os nossos invernos aqui no sul mais intensos. Isso, porque as massas de ar polar vão ficar estacionadas por aqui ao invés de subir para o centro do país como hoje ocorre. Não tem nada de científico no meu comentário, mas eu tenho sentido falta das temperaturas amenas. Nos últimos anos o que temos é verão ou inverno. Quando aquece, aquece pra valer, a temperatura vai a 30°C como ocorreu no último maio. E no mesmo mês tivemos 4°C. Onde foram parar aqueles dias agradáveis de outono, com solzinho e temperatura de 15°C? Eu não sei. Mas no nosso clima parece que esses dias estão em extinção.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

O que há pra se fazer em Porto Alegre em dia de chuva

Isso é algo que eu comento há muito tempo: vivo em uma cidade onde chove torrencialmente. No mínimo umas seis vezes por ano acontecem temporais que inundam tudo. No mínimo duas vezes por ano ocorre uma seqüência de uma semana inteira em que chove com pouquíssima trégua. Mas as autoridades agem como se a gente vivesse no nordeste, com 300 dias de sol por ano. Isso é algo que eu realmente não entendo.

Fiz intercâmbio em Vancouver há alguns anos. Lá chove muito também. Mais do que em Porto Alegre. Em novembro, são no mínimo 25 dias de chuva. Mas você não sente a chuva como em Porto Alegre. Por que? Porque Vancouver sabe que é uma cidade chuvosa e age como uma cidade chuvosa deveria agir. Não ocorrem inundações, porque imagino que se limpe os bueiros. Os parques não vivem embarrados, porque eles devem existir bons sistemas de dragagem, aterramento ou sabe-se lá o que. As árvores são podadas adequadamente, de modo que não periga uma delas cair em cima de você, se você por um acaso inventa de ir correr num dia de chuva num parque. Aliás, lá as pessoas vestem suas jaquetas e vão correr em dias de chuva nos parques, porque se esperarem por um dia de sol, provavelmente passarão o inverno em casa.

Em Porto Alegre, mesmo que você decida que quer correr num dia de chuva, além do parque completamente enlamelado (a corrida se transforma em salto com barreiras), tem que aguentar motoristas de ônibus ou de carro que propositalmente atiram água em você. Então o que há pra se fazer nessa cidade num domingo de chuva? Pensei, pensei e cheguei a raríssimas opções:

- Cinema;
- Shopping (se você conseguir lugar pra estacionar);
- Restaurantes (se você topar ficar na fila);
- TV a cabo (se você tiver a sorte de ter em casa);

E acaba por aí. Porto Alegre não tem uma biblioteca decente que abra nos finais de semana. Porto Alegre praticamente não tem museus. Porto Alegre não faz nem frio o suficiente para que a chuva se transforme em neve e você possa esquiar. E como existe muita gente e poucos lugares pra se ir, qualquer lugar que você encontre estará lotado. O que é uma pena. Uma cidade culturalmente tão evoluída merece mais.